quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O ESSENCIAL
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
MAIS UMA HISTÓRIA
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
FLIPORTO
Histórias de Mãe Benta
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
ERA DOCE E SE ACABOU...
As ótimas mesas redondas, ou, como disse o poeta Cajazeira Ramos :"sofás retangulares", do Café Literário foram organizadas por Carlos Ribeiro que soube selecionar temas, entrevistados e mediadores bem variados e relevantes. Cada um dos excelentes mediadores, entre os quais destaco Mônica Menezes, José Inácio, Kátia Borges e André Guerra, deixou a sua marca. Enquanto a de Cajazeira Ramos foi a descontração, a marca de Silvino Bastos foi a clareza didática. Não deu para apreciar os desempenhos de dois mediadores: José de Jesus Barreto que fez uma abertura formal e enfadonha de quase meia hora e Elieser Cesar que lembrava Jô Soares ao interromper constantemente os entrevistados, porém sem o ótimo senso de humor do gordo. Quanto aos entrevistados, vi pela primeira vez os poetas Carpinejar e Antônio Brasileiro (pai da ex- namorada de meu primo, Tati), ambos polêmicos e irreverentes, embora o segundo seja bem mais simpático. Já estou lendo "O Manuscrito de Karl Marx" de Armando Avena, (pai de minha sobrinha carinhosamente adotada, Joana), que demonstrou conhecimento e descontração. Tive o prazer de falar "Aula de Desenho" para a sua autora, Maria Esther Maciel, no encerramento da mesa sobre literatura e cinema e de mostrar para Karina Rabinovitz, "Passaporte" uma versão do seu poema "Currículo". Lindíssimo o poema de Ângela Vilma em louvor a Cecília Meireles.
Na hora da despedida, vem o desejo que chegue a próxima Bienal... e o que foi doce se torne achocolatado.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
VALEU A VERTIGEM EM VÍDEO
Hoje descobri que já haviam sido divulgados os 10 vídeos que concorrerão aos três prêmios do concurso POESIA EM VÍDEO - FLIPORTO 2011. A nossa gravação do poema "Vertigem" feito para mim por Paulo Coqueiro, estava entre os 45 vídeos pré-selecionados. Como previ e vaticinei para alguns amigos que comentaram sobre os concorrentes, a qualidade dos 45 vídeos pré-selecionados era acima das minhas expectativas e portanto, seria quase impossível ficarmos entre os premiados e muito improvável que estivéssemos na lista dos 10 melhores.
o vídeo mostra apenas as imagens da leitura do poema.
Quero assistir com mais atenção os vídeos:
"O Carteiro e o Poeta" de Niti Merhej
"Somos a cor e o som do português" de Victor Dreyer
"Deixe passar" de Rui Werneck de Capistrano
Apreciei a edição de imagens do Poema "Ela amava as coisas, de Ricardo Sêco.
Por fim, se me fosse dado o direito de definir a classificação, ela seria a seguinte:
3o. LUGAR: Cátia Cunha e Silva
http://www.youtube.com/watch?v=2veJ5M2JD30
2o. LUGAR: Lúcia Helena Ramos com "Penélope"
http://www.youtube.com/watch?v=KWTTfhZXuZ8
1o. LUGAR: Eliane Garcia com o poema "Eu não escrevo versinhos para o papai"
http://www.youtube.com/watch?v=cHxT6X_4pls
FAÇAM COMO EU, ASSISTAM, VOTEM E COMENTEM!
sábado, 15 de outubro de 2011
MORAL DA MINHA HISTÓRIA - 02
PERMANECER
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
DE CANÇÕES E ENCONTRO DE PASSARINHOS
No início da noite de ontem, fizemos o tão esperado recital com poemas de Cecília Meireles e Mário Quintana. Esse foi, sem dúvida, o recital mas difícil de parir. Em meu movimento de reclusão, eu me sentia aconchegada no útero, sem disposição para entrar em contato com o mundo de ar lá fora.
Um dos motivos foram os desfalques ocorridos no grupo: Sarah foi para a França, Mara Vanessa sempre atarefada com viagens a trabalho, Silvana com problemas de saúde, Esther envolvida com as aulas etc. Pareço ser a pessoa que possui maior dificuldade com os afastamentos e perdas da Escola Lucinda de Poesia Viva – Salvador. Mantenho uma contabilidade rigorosa dos débitos e ainda lamento as saídas de Carlos Gregório, Fernanda, Juliana e Mazé. Parte disso deve-se ao fato de que sei da importância de cada membro no amálgama que representa o grupo. O outro e ainda perene motivo, é essa minha alma nostálgica, que luta em aceitar a vida como sucessão de surpreendentes e eternos movimentos. Sou aquela mulher que, às véspera de completar bodas de prata de um bom casamento, ainda sente a enorme falta dos primeiros anos de paixão avassaladora. Decididamente, a calma não é a minha marca registrada. O romantismo, a ânsia por intensidade e entusiasmo, o são.
Perdas e faltas à parte, o recital foi muito bonito. Daquele nosso jeito ainda desorganizado, mas extremamente natural e emocionalmente envolvido. Fazendo um esforço em me concentrar mais nos ganhos do que nas perdas, observo a boa energia trazida pelo novo componente, Luciano. Ele fala com emoção, tem um bom volume de voz e um senso de organização com o qual me identifico bastante. Pelo que vejo, irá ser muito importante em fazer ver ao grupo que podemos continuar sendo espontâneos, sem deixar de investir um pouco para que possemos melhorar a cada dia. Deixando claro que a organização não tirará a nossa essência de grupo aberto e meio anárquico. Ao contrário, ela irá potencializar o que temos de melhor: o prazer de estarmos juntos a comungar nosso amor à poesia. Agradeço a Heitor Guerra pela gentileza de nos assistir e fotografar (confiram álbum enviado por ele no link https://picasaweb.google.com/109252215954786997018/20111009?authkey=Gv1sRgCKG4oYy5xZPiYA&feat=email ) e a Thiago, a confecção do banner, programa e brindes. As presenças de Fátima Santa Rosa e Pedro, nossos irmãos da Cia Subversiva, foram bastante encorajadoras, embora tenha ficado registrada a falta de Inês, nossa acompanhante mais assídua. Mesmo convidada, Esther não se dispôs a apresentar uma de suas poesias, mas vê-la na platéia nos trouxe uma boa sensação de cumplicidade. Porém o destaque mesmo, foi Silvana, que não hesitou em apresentar, de improviso, mais um belíssimo poema de Cecília Meireles.
domingo, 4 de setembro de 2011
ABRIGO NUCLEAR BOA NOVA
Foi um choque assistir pela televisão a revelação de que Boa Nova está longe de ser um local pacato e seguro. A exemplo do que tem acontecido em várias cidades do interior da Bahia, no dia 29 de agosto, foi a vez de Boa Nova sofrer um grande episódio de violência. O 37º caso deste ano de assalto a banco desse tipo, no estado, se destacou pela intensidade e rapidez da ação. Em cerca de 15 minutos, depois de atear fogo em um caminhão para bloquear o acesso à BR116, homens encapuzados e fortemente armados entraram atirando na cidade com 2 carros, fizeram dois policiais e o gerente do banco de reféns e ainda puseram fogo em carros para obstruir a passagem da ponte sobre o Rio Uruba, dificultando a ação da polícia. Se, a 450km de distância, fiquei estarrecida com as cenas projetadas, imagino a sensação que elas causaram aos habitantes da cidade, cujo sentimento de insegurança foi possivelmente agravado após a passagem de um grande contingente de policiais seguidos por um helicóptero, que resultou em fracasso na captura de 11 dos 12 criminosos.
A consciência do absurdo aparato militar mundial com iminência de uso, a inevitável certeza de que não há lugar na terra onde possamos estar imunes à extrema violência e até a convivência com atos cotidianos violentos não devem, no entanto, ser o foco das lentes com as quais escolhemos enquadrar a nossa realidade. Nesse sentido, talvez possamos fazer um contraponto à tendência da mídia em geral de dar ênfase a notícias violentas (com programas em que, ao meio dia, o expectador é convidado a assistir a cenas sanguinolentas), através de um esforço em nos concentrar em aspectos positivos da realidade, na intenção de reverberar boas energias. Assim, vale a tentativa de valorizar os bons acontecimentos locais, associando Boa Nova, não ao assalto tão propalado, mas às suas manifestações culturais, ao redescobrimento do gravatazeiro e à criação do Parque Nacional, para que fiquem “guardados” na memória da população local e de seus visitantes, as notícias dadas com menor estardalhaço, repetição e intensidade.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
POÉTICAS DO POETINHA
POÉTICA I
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
POÉTICA
Com as lágrimas do tempo
E a cal do meu dia
Eu fiz o cimento
Da minha poesia.
E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura.
Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo:
(Um templo sem Deus.)
Mas é grande e clara
Pertence ao seu tempo
- Entrai, irmãos meus!
domingo, 31 de julho de 2011
MORAL DA MINHA HISTÓRIA - 01
Ontem era o seu aniversário, mas foi ela quem nos presenteou com os ingressos para a apresentação do grupo Limusine, na Varanda do SESI - Rio Vermelho. Eram 150 pessoas dançando e relembrando as músicas dos anos 60 e 70. A banda tem ótimos músicos, duas dançarinas e baking vocals super-performáticas e um casal de cantores (Diogo Lopes e Evelin Bechegger) que mantêm uma interação legal com o público. Aplausos para a nossa amiga Evelin! Foi uma grande surpresa descobrirmos que além de ótima atriz, ela canta bem. O show é divertido, teatralizado e tem figurino criativo. Quem se lembra do repertório de Wanderléa, Rita Pavone, Erasmo Carlos, Perla, Roberto Carlos, Leno e Lilian, Jane e Erondi, Sidney Magal e Marcio Greick, não pode perder!
Como eles vão continuar se apresentando aos sábados de agosto no mesmo local, faço um convite aos meus amigos de irmos ver o show juntos. Quem topa dançar um twist? É uma brasa, mora!
MORAL DA HISTÓRIA: Não tem exercício aeróbico melhor do que dançar, sentindo-se presente no próprio corpo.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
TRÊS EM TRÊS
Ontem, 17 de maio, fomos ao coquetel de abertura do I Salão de Fotografia, promovido pelo Salvador Foto Clube. A premiação ocorreu na CAIXA Cultural Salvador, quando também foi aberta a exposição para o público das 30 fotos selecionadas. Cada um dos mais de 100 participantes pôde enviar um número máximo de três fotografias para avaliação do juri. Todas as três fotografias enviadas por Paulo Coqueiro foram selecionadas para exibição, sendo duas delas condecoradas com Menção Honrosa.
A exposição na CAIXA Cultural Salvador, localizada na Av. Carlos Gomes, ficará até o dia 26 de junho, de terça a domingo, das 9h às 18h. Se você quiser conferir, dê um pulinho lá e envie-nos um comentário no site do POSITIVO ESTÚDIO www.positivoestudio.com.br
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Mãe Sertaneja
Passei o dia das mães pensando sobre a necessidade e a possibilidade de existência de uma figura materna na vida das pessoas. Da falta que isso faz e da maravilha quando essa ligação é autêntica e insubstituível. Não consegui escrever nada, até que a pouco encontrei um trecho maravilho na voz de Riobaldo:
Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa
quarta-feira, 20 de abril de 2011
É TARDE.
sábado, 2 de abril de 2011
AU REVOIR!
PASSAPORTE*
meu nome o livro já fala: é Sarah
Salvador, Equador ou Paris. Nunca para
meu cadastro de pessoa física este corpo
que por dentro é fogo, nuvem e vento
meu registro geral foi registrado em verso.
Desde o meu nascimento,
numa cidade com nome de Feira,
nutro certo encantamento
por tudo que une e não sabe ser disperso.
meu telefone estará liberado
não há passarinho, nem ninho que reste
mas pra falar comigo ou Nelson
sem esvaziar o bolso, não é complicado
só pelas redes sociais, use a internet!
minha formação profissional
segue um caminho itinerante
já que acredito na beleza do instante
minhas atividades atuais
aproveitar as chances da vida
em uma corrida sem fim pra aqui e acolá
encontrar saídas
descobrir entradas,
para essa vontade desmedida
de aprender, de sonhar
por fim, minhas referências pessoais
é melhor que eu não diga
ou que se pergunte a alguém
que me ame demais...
Na saudade, elas são sempre geniais
mais verdadeiro
é que se descubra,
sozinho, consigo
na ausência do meu baiano tempero
da minha louca ternura
do meu eterno desassossego
Alors, eu já posso partir?
E aí? Garantem esperar, pour moi?
* (Versão do poema Currículo de Karina Rabinovitz)