quinta-feira, 18 de março de 2010

MADRUGADORAS INDESEJÁVEIS


"How good his Lava Bed,
To this laborious Boy -
Who must be up to call the World
And dress the sleepy Day -

Morning is due to all -
To some - the Night -
To an imperial few -
The Auroral light.

Emily Dickinson (1830 – 1886)

Nesse mês de março, é preciso reverenciar as mulheres que não puderam se expressar. Só após a sua morte, a família da autora desses versos, descobriu 1.775 que compõem a sua obra. Emily Elizabeth Dickinson viveu no século XIX em um ambiente puritano, onde sua voz não pôde ser ouvida. Durante sua vida, apenas 7 dos seus poemas foram publicados em periódicos. A partir de um momento, quase abdicou de viver, recusando-se a sair de casa. Hoje, juntamente com Walt Whitman, é tida como um dos grandes nomes da lírica norte-americana.

"Hoje o sol não queima, só doura a folhagem,
Que balança terna ao relento.
Como que embalada por suas cantigas.
Que ainda ouço no vento,
A soprar meus cabelos emaranhados de liberdade..."
Trecho extraído da poesia "Hoje o céu está incrivelmente azul"
do livro de título "Enfim, Renasci!" da carioca Lilian Maial.

terça-feira, 16 de março de 2010

DE HUMANOS

Olha Adélia, essa pode ser a sua letra,
mas esse sentimento também é meu!
E como não recebi seu dom de traduzi-lo

em letras, apenas peço a Deus a alquimia
de fazer do meu corpo, voz e alma,
da minha casa enfim, instrumentos

de uma precisa, de uma preciosa tradução
aos que comungam conosco essa
humanidade.