terça-feira, 22 de abril de 2014

ATENÇÃO! MEU ANIVERSÁRIO ACABA DE PASSAR!


     Considero o ato de não festejar a passagem do aniversário como uma forma de se boicotar. Hoje me parece impossível nos privarmos de abraços, beijos, palavras de incentivo e festejos pelo fato de estarmos vivos. No entanto, confesso que já houve um dia em que fiquei muito triste antes do meu aniversário e me esquivava a festejá-lo. Felizmente, fui fustigada a refletir sobre o significado disso e fiz uma festa improvisada das mais alegres que já tive. Foi na casa da tia de Denise Vieira e tinha palco e tudo. Faz tanto tempo... De lá pra cá, já vou anunciando o meu aniversário para não me entristecer caso alguém se esqueça dele. É sempre motivo de festa, mesmo quando não preparo uma. Agradeço a todos que participaram da alegria desse ano com um poema de  Quintana: 

INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA 

A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas.
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!

Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida…

Portanto já são 55 toros desabados e a fogueira ainda arde e gera luz. Eis o que importa!

domingo, 6 de abril de 2014

50 VERSOS DE AMOR E UMA CANÇÃO DESAFINADA

Não sei o que aconteceu na Bahia ou no Brasil que possa justificar a existência de um bairro chamado "SETE DE ABRIL" em Salvador, apenas posso afirmar que uma semana depois do Golpe de 64, D. Wanda Coqueiro trouxe ao mundo aquele que viria a ser o pai dos meus únicos filhos e o meu companheiro por 26 anos.
Em sua homenagem, hoje, distribui 10 estrofes com 5 versos de um poeminha, uma grande brincadeira,  para que seus familiares lessem para ele Ao final, cantei BOSSA DO BAYARD, de Dulce Quental, porque havia anunciado não só as 50 versos para comemorarmos seus 50 anos, mas também uma canção desafinada. Assim,  essa data ficou marcada como o meu beijo nas suas costas na foto. Na impossibilidade de postar a música de Dulce Quental, deixo um link com a canção que seria a segunda opção que poderia cantar para ele: LA VIE EN ROSE, na voz, nada desafinada de Grace Jones.

Quando te conheci,
eras anjo barroco.
Beijavas outra!
Como não te
dei um soco?

Parecias com
James Dean!
Não eras rebelde,
vestias a mesma
calça jeans!

Fostes estudante
e eu professora
da mesma escola.
Onde eu ensinei
e ensino agora.

Teus olhos sorriam
mais que tua boca
Pra minha alegria,
me mandaste
a primeira poesia!       

Fostes embora
para junto dos
teus pais.
Pensei: já perdi,
tê-lo nunca mais...

Já sem esperanças,
foi grande a surpresa.
Passados só 6 anos,
voltastes decidido
a morar comigo!

Me destes 2 filhos,
dois filhos bonitos.
Dizem: parecerem contigo.
Por dentro, eu penso:
se bonitos, parecem comigo!

Têm ambos
um pouco da
tua simples paz...
Com quem se parecem?
Não sei, tanto faz!

Hoje, quem mais
nos sustenta
é você, meu amor!
Por ser criativo,
por ser trabalhador.

Acabo o meu poeminha
de amor e bestinha,
sem canção desesperada.
Não há motivo,
pois sei: sou amada!