PASSAPORTE*
meu nome o livro já fala: é Sarah
Salvador, Equador ou Paris. Nunca para
meu cadastro de pessoa física este corpo
que por dentro é fogo, nuvem e vento
meu registro geral foi registrado em verso.
Desde o meu nascimento,
numa cidade com nome de Feira,
nutro certo encantamento
por tudo que une e não sabe ser disperso.
meu telefone estará liberado
não há passarinho, nem ninho que reste
mas pra falar comigo ou Nelson
sem esvaziar o bolso, não é complicado
só pelas redes sociais, use a internet!
minha formação profissional
segue um caminho itinerante
já que acredito na beleza do instante
minhas atividades atuais
aproveitar as chances da vida
em uma corrida sem fim pra aqui e acolá
encontrar saídas
descobrir entradas,
para essa vontade desmedida
de aprender, de sonhar
por fim, minhas referências pessoais
é melhor que eu não diga
ou que se pergunte a alguém
que me ame demais...
Na saudade, elas são sempre geniais
mais verdadeiro
é que se descubra,
sozinho, consigo
na ausência do meu baiano tempero
da minha louca ternura
do meu eterno desassossego
Alors, eu já posso partir?
E aí? Garantem esperar, pour moi?
* (Versão do poema Currículo de Karina Rabinovitz)
Veroca do meu coração,
ResponderExcluirGuardei minhas palavras para colocá-las neste espaço, quando os meus pés estivessem em solo francês. E eis que eles estão e claro que o passaporte tão lindamente emitido por você me assegurou passagem rápida e bonita pelo serviço de imigração. Cada palavra escolhida por você, para me caracterizar como dona de um lindo processo de busca, está armazenada com um carinho imenso em meu coração. Amei este seu poema e amo você. Admiro sua performance na vida, seu elo com a inspiração e com a delicadeza, e desejo que sua vida seja um mar de belos sonhos.
Um beijo com muita poesia,
Sarah