O acaso não rege as sinfonias das nossas
vidas. Tudo o que realizamos é fruto de um sonho inicial, de um planejamento e
de ações a ele direcionadas. Apesar de nossos pensamentos e disposição poderem
atrair as experiências que vivemos, inevitáveis imprevistos fazem com que elas
não aconteçam onde, quando e como idealizamos.
Assim, se não somos o grande Regente, digamos que escolhemos o tom da
música.
Nesse fim de semana, fizemos um ensaio
fotográfico com André Cunha e Joana Avena, namorados há onze anos( ENSAIO DE JOANA E ANDRÉ ). A ideia era realizar
um tipo de sessão em que recém-casados saem com as
roupas da cerimônia para um local inusitado. Sem termos analisado muito, o
Castelo Garcia d’Ávila foi a locação escolhida. No entanto, constatamos
tratar-se de um local significativo, pois André e Joana viveram grandes momentos
em Praia do Forte, região próxima às ruínas. Ainda não havia nenhuma previsão
de enlace desses eternos namorados, mas os vendo em trajes de noivos, minha
emoção era clara e foi explicitada quando nosso filho Ciro exclamou: “Minha mãe
tá adorando!”
A tarde chuvosa não impediu que
fossem produzidas fotos expressivas e bem iluminadas, porque à medida que as
horas se passavam, mudava a configuração do tempo no céu. Talvez isso tenha acontecido
para lhes lembrar, que os dias cinzentos podem ser superados por um sol tão
escarlate, quanto os lábios da noiva. Logo na entrada do sítio, um turista lhes
desejou “Felicitaciones!” Depois, os noivos receberam dois presentes: a chegada
de Núbia para fazer um registro pessoal e um maravilhoso pôr-do-sol para
completar o cenário.
Mais tarde, um casal de
Fortaleza começou a tirar fotos em iguais locais e nas mesmas posições em que
eles haviam pousado. A mulher, deduzindo
terem eles se casado na igreja do Forte, salientou a combinação do estilo
bucólico do vestido com o ambiente circundante. Sob o meu ponto de vista, o
vestido de minha irmã, Vânia, parecia adequado para relativizar o tempo, por
ter sido bordado há mais do dobro de anos de namoro dos dois. Ao saber que
éramos parentes dos noivos, o homem concluiu que eles estavam sendo abençoados
por nós e nisso ele estava absolutamente certo.
Por fim, como um violino prateado que dá os acordes introdutórios de um
concerto, surgiu a lua cheia, iluminando o momento em que a natureza, em
evidente estado de harmonia, tocava a tão esperada marcha nupcial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sem muitos gerúndios, longas esperas e musiquinhas, o seu comentário é, de fato, importante para nós! Fique calmo, pois não vamos desligar a nossa ligação virtual, ok?