--- --Ruy Espinheira Filho ---- ------------Aleilton Fonseca
"Meus olhos testemunham-------- ---Piso na areia fina,
a invisibilidade das ondinas-----------Por onde caminhou o poeta,
a lenta morte dos arrecifes-------- ---E a praia de suas ondinas
e os canhões de Amaralina. -----------Me recebe de ondas abertas
Vou, a passo gnominado, ------------Meus olhos testemunharam
pisando a areia fina da praia. --------Os rastros dos versos na areia;
Pombas sobrevoam ----------------Nem uma pomba, só andorinhas
os canhões de Amaralina. -----------E o mar murmurando espumas
Parece a vida estar completa -------Os arrecifes esperam, sobrevivos,
na paz que o azul ensina. ------------Enquanto o sol suave declina:
A brisa ilude a vigilância ------------Tudo em volta me contempla...
dos canhões de Amaralina. ----------(e os canhões de amaralina?)
Nem a tua ausência, amor, pertuba----A brisa ilude a distância
esta alegria matutina -----------------Que no espelho se admira;
onde só há o claro e o suave... ---------O azul ignora a ferrugem
(E os canhões de Amaralina?) ---------Dos canhões de amaralina
Tudo está certo: mar, coqueiros, --Tudo está certo: mar, coqueiros,
aquela nuvem pequenina... --------Como o poeta nos ensina:
Mas - o que querem na paisagem - Mais ainda sobram na paisagem
os canhões de Amaralina?" ------- -Os canhões de amaralina
Meus sentidos foram dirigidos para essa conversa poética entre dois baianos por Paulo Andrade. Este baiano se exilou espontaneamente no estado do santo do seu nome, é professor, doutor em literatura e publicou o livro Torquato Neto - uma Poética de Estilhaços pela Fapesp em 2002.
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