domingo, 20 de julho de 2014

RUBEM ALVES, UM EDUCADOR INGÊNUO?



     Um dia, a minha crença em que a educação era um dos grandes instrumentos políticos para que os brasileiros fossem cidadãos livres, críticos, solidários e iguais em seus direitos e deveres, me fez julgar Rubem Alves por demais inocente. Mas, a atual descrença nas limitadas alternativas do cenário político nacional têm me convencido, cada dia mais intensamente, que só a ação de cada indivíduo, munido de alegria pela vida e amor pela humanidade pode fazer a diferença com suas gotas d´água para ir apagando a floresta de ignorâncias, desigualdades e reiterados enganos em que vivemos nesse país, há mais de meio milênio. 

     Além disso, a morte física e dos ideários de Paulo Freire, que acreditou ser possível uma ação política e coletiva em direção à utopia educativa, e os resultados frustrantes das aplicações históricas anteriores da utopia marxista, em esfera mundial  e recentes a nível nacional, me impossibilitam uma verdadeira síntese e permitem uma dialética interna que me confunde e entorpece. 


Hoje, portanto, celebro os que acreditam em um caminho que, mais do que intelectual, é autêntico e espiritual. Portanto, prosto-me em reverência aos que seguem ou seguiram esse caminho como Leonardo Boff e Rubem Alves. Para além disso e embora próxima fisicamente, me sinto pequena, e intuo que gravito há anos luz da colega Regina Lovatti que, para além de possuir competência profissional como professora do IFBA, é como professora da Universidade Espiritual Brahma Kumaris que tem transformado mentes e corações de estudantes e colegas. Há quem seja capaz de fazer política sem se envolver politicamente, criando o amálgama de luz entre teoria e prática,  revelando-se através de seus conhecimentos técnicos e exemplos pessoais. 


    Desejo, espero e preciso crer que Rubem Alves tenha se lambuzado  e roído os caroços de todas as jabuticabas no tempo em que lhe foi dado aprender a vida e esteja muito saciado nesse instante histórico e por demais misterioso da existência humana. E que, a carne que se foi tenha, sido um instrumento pedagógico a apolir o diamante incrustado em si, para ensinar  e tornar mais valiosas outras tantas almas! Isso sim é essencial.  NAMASTÊ!

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