quinta-feira, 1 de abril de 2010

O TENENTE NÃO É VALENTE, MAS O OURO É BESOURO!



“HÁ MUITO TEMPO NÃO VEJO
UM PROGRAMA TÃO ‘FULEIRO'
PRODUZIDO PELA GLOBO
VISANDO IBOPE E DINHEIRO
QUE ALÉM DE ALIENAR

VAI POR CERTO ATROFIAR
A MENTE DO BRASILEIRO.”


Trecho extraído do cordel de Antõnio Barreto de título
BIG BROTHER BRASIL - UM PROGRAMA IMBECIL.


Quem pensou que o programa Big Brother Brasil já tinha mostrado tudo o que havia de pior, teve uma “bela” surpresa nesta semana, ao saber que o vencedor da sua 10ª. edição foi o concorrente de codinome Dourado. Depois de 7 anos, Marcelo Dourado voltou a fazer parte do grupo de “heróis” de Pedro Bial. Parece ter se esmerado na arte da farsa, porque provou ser um ótimo lutador no vale tudo por dinheiro e fama, ao obter 60% de indicações no programa que bateu o recorde mundial de votos em realities show (154 milhões).



O enorme índice de aprovação do candidato é alcançado logo em seguida ao recorde de aprovação do presidente Lula em pesquisa da Datafolha. São dois marcos alcançados quase concomitantemente, mas com causas e consequências totalmente discrepantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu aprovação por ter promovido a maior transferência de renda na história do país e Marcelo recebeu 1,5 milhões de reais como profissional da dissimulação, do preconceito e da desinformação.




Paradoxalmente, o BBB que possuia a singularidade de apresentar homens e mulheres assumindo publicamente sua homossexualidade, é vencido por nocaute pelo participante que difunde um preconceito contra os homossexuais, os associando, erroneamente, à AIDS. A emissora, ao invés de corrigir de pronto o erro, propagando o alarmante crescimento da doença entre jovens mulheres, amplia sua declaração demonstrando total falta de comprometimento com a saúde e a educação dos cidadãos brasileiros. Embora o Ministério Público tenha movido uma ação contra a emissora, o desserviço à prevenção da AIDS no país já foi feito.




As concessões de TV no Brasil foram dadas e são renovadas sem qualquer participação popular e sem que seja exigida dos seus beneficiários igual contrapartida em termos de responsabilidade social. Nesse cenário, a mais poderosa emissora de tv coloca anualmente no ar um programa que difunde a futilidade, o preconceito e a falsa naturalidade. Assim podemos dizer que a Rede Globo de Televisão, tão fortalecida no tempo “áureo” da Ditadura Militar, merece uma medalha. Uma medalha de ouro besouro!

3 comentários:

  1. Eu não sei se eu sou careta, antiquado, mas acho um programa como o Big Brother e as discussões que ele gera sobre o que seus participantes fizeram, disseram e pensam de uma imbecilidade e uma falta do que fazer tamanhas. Não acredito que seja um programa em que as coisas aconteçam de uma forma natural, espontânea, acredito que tudo é programado, dirigido, para provocar reações da plateia, como diria Zeca Baleiro: nada vem de graça, nem o pão nem a cachaça. Muita gente diz que tem coisas interessantes ou que é um entretenimento sem maiores pretensões, mas eu penso que deseduca porque mostra que das mulheres se espera que mostrem o corpo durante o programa e após, nas Playboys e similares da vida e que se "jogue" usando de dissimulação, futricas, fofocas, embora o que ocorra no programa não difira muito do mundo onde vivem os heróis daqui de fora, onde vale quem é mais esperto, quem sabe tirar proveito, quem é melhor ator.

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  2. Veroca,

    Não tenho muita paciência para acompanhar o Big Brother. Por isso, nem sei o que falar sobre este programa, embora arrisque algumas opiniões. No entanto, quero reforçar o coro dos que não concordam com a forma como são feitas as concessões para o uso do espaço televisivo no Brasil.

    Beijocas,
    Sarah

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  3. Não assisto ao BBB, mas não me mantenho distante desta discussão. Na web busco estar informado do que aconteceu e da forma como a manipulação ocorreu e como a opinião pública se manisfesta a todas as situações e como se manifestou ao final do show. Pois bem, o show acabou! Minhas críticas ao programa são diversas: as exposições, a exposição do caráter humano, preconceitos velados mas latentes em boa parte da sociedade, sedução, corpos, ações... Enfim, parecem redundantes mas são bem diferentes. Quando afirmo que o show acabou me baseio na velocidade com as informações são trocadas e no fato de ninguém mais falar no Big Brother. É assunto velho. Pouco iporta quem ganhou e o que fará com o dinheiro, esse assunto será pauta agora de Globo Repórter (muito propício) e de sites de fofoca, que só focarão nas festas e em quam Dourado está "pegando".
    Sinto pena deste fim, mas sei que o "povo" nem se lembra do final, assim como nem se lembra de acordar.

    Beijos Verinha!

    Rodrigo Almeida

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