“HÁ MUITO TEMPO NÃO VEJO
UM PROGRAMA TÃO ‘FULEIRO'
PRODUZIDO PELA GLOBO
VISANDO IBOPE E DINHEIRO
QUE ALÉM DE ALIENAR
A MENTE DO BRASILEIRO.”
Trecho extraído do cordel de Antõnio Barreto de título
Quem pensou que o programa Big Brother Brasil já tinha mostrado tudo o que havia de pior, teve uma “bela” surpresa nesta semana, ao saber que o vencedor da sua 10ª. edição foi o concorrente de codinome Dourado. Depois de 7 anos, Marcelo Dourado voltou a fazer parte do grupo de “heróis” de Pedro Bial. Parece ter se esmerado na arte da farsa, porque provou ser um ótimo lutador no vale tudo por dinheiro e fama, ao obter 60% de indicações no programa que bateu o recorde mundial de votos em realities show (154 milhões).
O enorme índice de aprovação do candidato é alcançado logo em seguida ao recorde de aprovação do presidente Lula em pesquisa da Datafolha. São dois marcos alcançados quase concomitantemente, mas com causas e consequências totalmente discrepantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu aprovação por ter promovido a maior transferência de renda na história do país e Marcelo recebeu 1,5 milhões de reais como profissional da dissimulação, do preconceito e da desinformação.
Paradoxalmente, o BBB que possuia a singularidade de apresentar homens e mulheres assumindo publicamente sua homossexualidade, é vencido por nocaute pelo participante que difunde um preconceito contra os homossexuais, os associando, erroneamente, à AIDS. A emissora, ao invés de corrigir de pronto o erro, propagando o alarmante crescimento da doença entre jovens mulheres, amplia sua declaração demonstrando total falta de comprometimento com a saúde e a educação dos cidadãos brasileiros. Embora o Ministério Público tenha movido uma ação contra a emissora, o desserviço à prevenção da AIDS no país já foi feito.
As concessões de TV no Brasil foram dadas e são renovadas sem qualquer participação popular e sem que seja exigida dos seus beneficiários igual contrapartida em termos de responsabilidade social. Nesse cenário, a mais poderosa emissora de tv coloca anualmente no ar um programa que difunde a futilidade, o preconceito e a falsa naturalidade. Assim podemos dizer que a Rede Globo de Televisão, tão fortalecida no tempo “áureo” da Ditadura Militar, merece uma medalha. Uma medalha de ouro besouro!
Eu não sei se eu sou careta, antiquado, mas acho um programa como o Big Brother e as discussões que ele gera sobre o que seus participantes fizeram, disseram e pensam de uma imbecilidade e uma falta do que fazer tamanhas. Não acredito que seja um programa em que as coisas aconteçam de uma forma natural, espontânea, acredito que tudo é programado, dirigido, para provocar reações da plateia, como diria Zeca Baleiro: nada vem de graça, nem o pão nem a cachaça. Muita gente diz que tem coisas interessantes ou que é um entretenimento sem maiores pretensões, mas eu penso que deseduca porque mostra que das mulheres se espera que mostrem o corpo durante o programa e após, nas Playboys e similares da vida e que se "jogue" usando de dissimulação, futricas, fofocas, embora o que ocorra no programa não difira muito do mundo onde vivem os heróis daqui de fora, onde vale quem é mais esperto, quem sabe tirar proveito, quem é melhor ator.
ResponderExcluirVeroca,
ResponderExcluirNão tenho muita paciência para acompanhar o Big Brother. Por isso, nem sei o que falar sobre este programa, embora arrisque algumas opiniões. No entanto, quero reforçar o coro dos que não concordam com a forma como são feitas as concessões para o uso do espaço televisivo no Brasil.
Beijocas,
Sarah
Não assisto ao BBB, mas não me mantenho distante desta discussão. Na web busco estar informado do que aconteceu e da forma como a manipulação ocorreu e como a opinião pública se manisfesta a todas as situações e como se manifestou ao final do show. Pois bem, o show acabou! Minhas críticas ao programa são diversas: as exposições, a exposição do caráter humano, preconceitos velados mas latentes em boa parte da sociedade, sedução, corpos, ações... Enfim, parecem redundantes mas são bem diferentes. Quando afirmo que o show acabou me baseio na velocidade com as informações são trocadas e no fato de ninguém mais falar no Big Brother. É assunto velho. Pouco iporta quem ganhou e o que fará com o dinheiro, esse assunto será pauta agora de Globo Repórter (muito propício) e de sites de fofoca, que só focarão nas festas e em quam Dourado está "pegando".
ResponderExcluirSinto pena deste fim, mas sei que o "povo" nem se lembra do final, assim como nem se lembra de acordar.
Beijos Verinha!
Rodrigo Almeida