domingo, 8 de dezembro de 2019

LAÇOS POÈTICOS

              Há dez anos, fizemos com Elisa Lucinda  a  Oficina de Poesia Falada que  gerou o  grupo DI VERSOS - Arte Poética Singular. Foram vários os recitais realizados e muito maior o número de encontros para prepará-los. Na nossa confraternização deste final de ano, como em todos os festejos, teremos a presença da convidada de honra: a Poesia.
             Em um recital na Faculdade 2 de Julho, eu comemorei o fato de estar aprendendo a falar poesia em público através do texto abaixo, que dialoga com um poema de Adélia Prado. Resolvi postá-lo em homenagem às pessoas que ainda participam do grupo (Silvana Mota, Fátima Santiago, Mara Vanessa, Jina Carmen, Luciano Santana, Marina Neves e Verusa Silveira) e àquelas que, por diversos motivos, se afastaram parcial ou definitivamente dele, como Juliana Machado, Mazé, Sarah Carneiro, Eugênia Galef, Rhuna, Nanda Leturiondo etc.


DE HUMANOS

DIREITOS HUMANOS

“Sei que Deus mora em mim
Como sua melhor casa
sou sua paisagem,
sua retorta alquímica
e para sua alegria
seus dois olhos.
Mas esta letra é minha.
(Adélia Prado em Oráculos de Maio, p.73)


Na verdade, Adélia, a letra pode se tua,
mas os sentimentos também moram em mim.
Não recebi teu com de traduzi-los em versos,
Bem sei. Apenas peço a Deus a alquimia
de fazer da minha voz, olhos e mãos,
dessa efêmera casa enfim,
instrumentos de uma precisa fotografia
da mais preciosa revelação
aos que comungam conosco essa humanidade.

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