Eis uma versão virtual da casa que voa nas asas de
Pégasus por entre as nuvens dos meus sonhos.
A CASA BRANCA QUE VOAVA
Florisvaldo Mattos
Vou al encuentro di mi miesmo
La hora es bola de cristal.
Octávio Paz
Sempre fincada estava, mas tinha asa.
Saltava serras, rios navegava;
corria em trilhos, sendo sempre casa.
Sentado num jardim, me concentrava,
mirando as árvores; em tarde rasa
de frescor, vinha e súbito pousava.
É pelo coração que o sonho vaza.
Era assim, por sobre horas e distâncias,
ela vindo alisar as minhas ânsias,
às vezes, a sentia em minhas mãos.
Não sei se é o destino fatal das casas.
Sei que, sempre de nervos e mente sãos,
vezes acordo sobre aquelas asas.
(SSA-BA, 04.01.2016) Matéria sobre o livro
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