sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O MOÇO DE BOTAS PASSOU POR ELA


Eis uma versão virtual da casa que voa nas asas de 
Pégasus por entre as nuvens dos meus sonhos. 

A CASA BRANCA QUE VOAVA
                                 Florisvaldo Mattos

                                                          Vou al encuentro di mi miesmo
                                                          La hora es bola de cristal.
                                                                                       Octávio Paz 

Deixo a casa que para mim voava.
Sempre fincada estava, mas tinha asa.
Saltava serras, rios navegava;
corria em trilhos, sendo sempre casa.

Sentado num jardim, me concentrava,
mirando as árvores; em tarde rasa
de frescor, vinha e súbito pousava.
É pelo coração que o sonho vaza.

Era assim, por sobre horas e distâncias,
ela vindo alisar as minhas ânsias,
às vezes, a sentia em minhas mãos.

Não sei se é o destino fatal das casas.
Sei que, sempre de nervos e mente sãos,
vezes acordo sobre aquelas asas.

(SSA-BA, 04.01.2016)     Matéria sobre o livro



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sem muitos gerúndios, longas esperas e musiquinhas, o seu comentário é, de fato, importante para nós! Fique calmo, pois não vamos desligar a nossa ligação virtual, ok?