sexta-feira, 28 de setembro de 2012

UM + UM: MUITO MAIS QUE DOIS.


despeito do que já preconiza o movimento denominado Gestalt no início do séc. XX, a nossa intuição está constantemente nos apontando para os sinais que evidenciam a natureza mágica da interação entre as coisas desse mundo.  A própria Física Quântica desvelou alguns desses aspectos imateriais da realidade. Assim, se a sinergia que se estabelece no contato entre simples objetos pode se registrada cientificamente, o que dizer daquela que se cristaliza entre humanos que são aproximados por elos de identidade, semelhança de propósitos, visão de mundo e sensibilidade?  Elos dessa natureza uniram o grupo de pessoas que, há 4 anos, passou a se denominar Escola Lucinda de Poesia Viva - Salvador. Desde então, nos reunimos semanalmente para estudar, e nos deliciar, com a arte poética e a possibilidade de nos decifrar e revelar através dela. Belos recitais como os de título "É Tempo de Marear", "Aviso da Lua Que Menstrua", "Canto Quase Gregoriano", "Recital do Semelhante ou A Fúria da Beleza" e "De Canções e Passarinhos" foram fruto dessa mística relação. Tal qual na vida, o percurso nunca foi linear. Houve percalços iniciais necessário para superar a lei da inércia e estabelecer mais claramente os princípios de diferenciação e identidade e várias foram as pedras pelo caminho trilhado. Mas cada empecilho, cada tropeço, reforçou os laços, purificou as águas dos rios que nos levavam.  O que somos hoje é fruto de todos esses aspectos os quais não nos cabe classificar maniqueisticamente de bom ou mal. Vamos sempre sentir a contribuição e falta de Fernanda Neturionto, Martha Alencar, Mazé, Eugênia Galeff, Carlos Gregório, Juliana Brasil, Eshter, Mara Vanessa - em especial - e de outros tantos, embora saibamos que um pouco de cada um deles permanece conosco não só no registro histórico como na impressão carimbada em nossos  corações.
 Fernanda, recital em festejo ao aniversário de 1 ano - Galeria do Livro do Rio Vermelho.

Mara Vanessa em recital na Fundação Casa de Jorge Amado

Por outro lado, novos ares sempre sopraram para refrescar e tornar mais amena e alegre a caminhada como aquele que nos trouxe Cari. Felizmente, alguns deles vieram para reafirmar a nossa força e metas e orientar nosso sentido rumo ao que há de mais verdadeiro em nós. O mais importante deles, chama-se Luciano. Ele se incorpora a nós com a sabedoria que julgávamos perdida, na forma de uma nova liderança pela suavidade. Sua vinda renova o minha união pessoal com o grupo, já julgada por demais tênues. Ele consegue, através da sua amorosidade inteligente, aquilo que em vão tentei obter por uma determinação ansiosa e pouco lapidada. Sim, há sempre lições individuais a serem aprendidas em percursos coletivos. E é justamente esse o sentido do partilhar com, ver-se as diferentes possibilidades de ser com mais inteireza e plenitude, já que nossas lições estão imbuídas na evidência de que somos DI-VERSOS.

Luciano Santana, o regente natural.

Recital "De Canções e Passarinhos" - Livraria Saraiva Salvador Shopping

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