Ano passado Eliane Brum lançou o movimento Liberte o Futuro e convocou as pessoas a enviarem vídeos sobre um futuro. Não participei, como planejara, mas escrevi o poema abaixo:
FUTURO
Ponho o mundo no colo
Para conter o seu pranto.
Massageio seus músculos
exaustos
E lhe sussurro acalantos
Para que resista à sedução
do algoz*.
Folheando as páginas do
céu,
Conto histórias de uma
estrela
Cuja abundância é partilhada,
E terra, água e ar ainda são
crianças.
Onde inteligência e dolo
não se irmanam,
E a justiça foi demitida
por justa causa.
Ele confia e adormece
sorrindo.
Tem sonhos mais belos do que
os meus.